Nova sede do Zumví no Rio Vermelho abriga exposição que celebra 35 anos de fotografia negra

Com curadoria de Lázaro Roberto e Luedji Luna, mostra gratuita segue em cartaz até fevereiro reunindo registros históricos e poéticos de Salvador.
Publicado em 4 de dezembro de 2025
Créditos: Divulgação

O bairro do Rio Vermelho, conhecido por sua boemia, consolida-se agora também como um território de preservação da memória afro-baiana. A nova sede do Zumví Arquivo Afro Fotográfico está de portas abertas com a exposição comemorativa “ZUMVÍ 35 Anos”. A mostra, que celebra mais de três décadas de dedicação às narrativas visuais negras, permanece em cartaz para visitação gratuita até o dia 28 de fevereiro de 2026, oferecendo ao público e pesquisadores um mergulho profundo em um acervo que documenta a história de Salvador por uma perspectiva de dentro para fora.

A exposição é fruto de um encontro de gerações e olhares. A curadoria é assinada por Lázaro Roberto, fundador do arquivo e um dos mais importantes fotógrafos documentaristas da Bahia, em parceria com a cantora e compositora Luedji Luna. Juntos, eles selecionaram obras, documentos e imagens que traçam um percurso afetivo e crítico sobre a cidade. O recorte abrange desde registros icônicos dos anos 1990 até produções contemporâneas, cobrindo temas que vão das festas populares e religiosidade às dinâmicas políticas e estéticas do cotidiano negro soteropolitano.

Um Quilombo Visual Moderno

A inauguração da nova casa marca um momento de expansão institucional para o Zumví. O espaço foi concebido para ser muito mais do que um local de exibição; ele funciona como um organismo vivo que integra galeria, estúdio e laboratório. A proposta é que o local sirva como ponto de encontro para artistas, educadores e pesquisadores, onde o acervo histórico possa dialogar com debates contemporâneos e tecnologias emergentes.

Memória e Futuro

Ao percorrer a exposição, o visitante é convidado a navegar entre tempos distintos, reconhecendo a fotografia não apenas como registro, mas como instrumento de construção de identidade e futuro. O Zumví se reafirma como um “quilombo visual”, um espaço de resistência onde a história é contada pelos seus protagonistas, com luz e presença. A manutenção da mostra até o final de fevereiro garante que o público possa explorar com calma a densidade desse material, que é essencial para a compreensão da cultura da Bahia nas últimas décadas.

Para conferir horários detalhados e programações paralelas, o público pode acessar os canais oficiais do arquivo.

Crédito: Divulgação

Links Úteis:

  • O quê: Exposição “ZUMVÍ 35 Anos”

  • Onde: Nova sede do Zumví Arquivo Afro Fotográfico – Rio Vermelho, Salvador

  • Quando: Em cartaz até 28 de fevereiro de 2026

  • Curadoria: Lázaro Roberto e Luedji Luna

  • Entrada: Gratuita